sábado, 6 de dezembro de 2008

Vida

Ao longo da vida sofremos inúmeras alterações físicas e psicológicas. Ainda bem, porque se isso não acontece-se provavelmente ainda éramos todos crianças. Mas não somos todos crianças na mesma? Se não somos porque continuamos a fazer coisas que não têm sentido? Porque fazemos perguntas que sabemos que ninguém nos vai responder? Porque temos medo quando não era suposto ter? Somos apenas crianças a brincar aos crescidos?
De uma coisa tenho a certeza, ninguém sabe responder acertadamente a todas estas questões.
Desde crianças aprendemos a sobreviver, não a viver, porque hoje em dia ninguém vive, sobrevive. Ao longo da aprendizagem a que chamamos vida, ensinam-nos não a viver, mas a adiantar a morte. Talvez estejam certos em adianta-la mas…e se na morte existe a verdadeira vida? E se depois da vida existe outra vida? Se assim for, espero que todos os que não conseguiram viver na terra, o façam na morte, seja lá onde ela for.
Enquanto sobrevivemos aprendemos a amar, bom nome deram ao sentimento de querer alguém, de poder beija-la até mais não e de poder dizer que essa pessoa é realmente a nossa alma gémea.
Podemos perguntar a uma centena de pessoas se gostam da vida que levam, mas apenas dez diriam que sim. Todos os dias essas centenas de pessoas lamentam os seus problemas como se isso fosse o fim do mundo, mas não era mais fácil parar de lamentar e passar à acção? Não?
Pensando bem, é difícil tornar estas palavras em actos, mas tem de ser, se não o que seria de nós se não agíssemos?
Podemos viver? Podemos, não podemos? Então do que estamos à espera?

1 comentário:

Luís Mendes disse...

Não temos capacidade para dominar a vida, e como tal quando menos esperamos aparecem as adversidades... à que ter perícia para contorna-las, mas para isso é preciso também sofrermos um pouco -daí advém também a maturidade.