sábado, 8 de novembro de 2008

Avô

Lembro-me tão pouco de ti, nem me lembro da tua voz, da tua cara, dos teus abraços, mas lembro-me que eras o meu melhor amigo. Andavas comigo para todo o lado. Mesmo nos momentos mais difíceis tu sorrias, ultrapassaste tudo ate que essa maldita doença te levou para onde eu irei um dia. Tenho tantas saudades de ser tua amiga, mesmo sem estares cá para me ver e para sentir o calor do meu abraço, eu sei que tu estas a proteger-me e que me fazes aprender com os meus próprios erros. Sabes que sempre me trataram mal, desde que nasci. Desde o meu pai, aos meus tios, aos meus primos, ás vezes até a mãe me tratava mal, e apesar de discutir muitas vezes com a avó por ela ter aquela mente de anos 20, eu adoro-a. Ela é das poucas pessoas que eu n posso deixar que morram. Vivo a minha vida de forma a ser um orgulho para todos, mas essencialmente para ti. Não me apetece continuar a estudar, não tenho vida para isso mas sei que se fosses vivo gostarias que eu me torna-se a filha q sempre sonhas te ter. A Dº, engenheira ou até ministra. Sei perfeitamente que tu querias que eu fosse policia, sim eu também quero ser, mas sei que não consigo. É muito difícil e não tem grande futuro. Fico-me por hospedeira! Preciso tanto de ti, tantoo! A única coisa que me lembro do dia em que morreste foi que vi a mãe a chorar, e desta vez não tinha sido porque o pai lhe tinha batido como era habitual. Eu não percebi, era apenas uma criança inocente a quem a morte ainda n tinha chegado á imaginação. Vais ficar para sempre comigo, neste meu coração...nunca me deixes sozinha!

1 comentário:

c disse...

temos que bater um papo mafaldinha.. gmdt